terça-feira, 2 de abril de 2013

A CONSTRUÇÃO DO NÚMERO OPERATÓRIO

No processo de ensino e aprendizagem é importante a fundamentação da matemática na vida das crianças, pois, elas levarão o que irão aprender por toda a vida. Assim essa iniciação da criança na escola será muito importante, pois, a partir deste ponto eles começarão a conhecer e reconhecer os números, levando em consideração tudo que o aluno já conhece, nesta fase eles sabem os nomes dos números mais não os conhece e não os compreendem.

"A condição necessária para a construção do conhecimento matemático é, pois, a possibilidade do ser humano estabelecer relações lógicas sustentadas na sua ação transformadora sobre a realidade que interage. ”(Ana Cristina S. Rangel pág. 102)"
Para uma melhor aplicação da matemática na fase inicial dos alunos podemos utilizar jogos pedagógicos, lúdicos com o objetivo de uma melhor aprendizagem do conteúdo, desta forma prenderemos a atenção deles em uma aula que ficará divertida e prazerosa. Cada atividade pode ser feita de uma forma mais adequada à série ou idade do aluno, usando objetos diferentes, figuras geométricas, cores e tamanhos diferentes, espessura, texturas e comprimentos, observando também o grau de aprendizagem e dificuldade de cada um. 
Classificação: aproximar elementos semelhantes
Seriação: colocar na ordem os elementos
Número operatório: é o número que representa uma quantidade que pode sofrer uma ação de adição ou subtração. Uma ação que pode ser desfeita.

Assim o aluno será capaz de resolver problemas.
1- Classificação: Ex: Uma caixa com blocos lógicos
O aluno pode organizar por formatos ou cores.
2- Seriação: Ex: Blocos alfabéticos.
O aluno organiza em ordem alfabética
3- Numerização: Ex: vários tamanhos de caixas.
O aluno colocará em ordem de tamanho.

http://alegriadamatematica-pedagogia1.blogspot.com.br/2012/09/a-construcao-do-numero-operatorio.

CLASSIFICAÇÃO E  SERIAÇÃO
Na visão de Piaget, o desenvolvimento cognitivo dá-se a partir da interação do sujeito com o conhecimento. Além disso, cada criança que aprender algo, organizará a aprendizagem do seu jeito, considerando aprendizagens anteriores. Ela precisa vivenciar, precisa de tempo para assimilar o que vivenciou.
Já para Vygotsky, a inteligência surge a partir do encontro da prática com a palavra. Para aprender a criança precisa dar um signo à aprendizagem, falar sobre ela, para amadurecer através de reflexões e troca, suas aprendizagens.
Eis um ponto inicial de reflexão sobre atividades sobre classificação e seriação.
E falando disso, o que se entende de classificar e seriar?
Classificar é agrupar  considerando semelhanças de objetos
Seriar é ordenar a partir da análise das diferenças dos objetos.
Bem, realizando as minhas leituras dei-me por conta da existência da seriação visual (onde apenas olhando a criança reconhece as diferenças) e da seriação tátil (onde ela necessita tocar o objeto para perceber as diferenças).
Retomando as leituras sobre as fases de desenvolvimento cognitivo de Piaget, percebi que o resultado de um dos testes com crianças do segundo estágio (pré-operacional, de 2 a 6 anos) evidenciou que crianças pequenas não são capazes de lidar com problemas de ordenação ou de seriação, sendo incapazes de dispor varas de diferentes tamanhos em ordem crescente. Teoria que constatei durante o curso do Magistério com diversos testes. É no estágio  operatório-concreto (de 7 a 12 anos) que a criança torna-se capaz de realizar essas atividades.
No site http://penta2.ufrgs.br/edu/debora/seriacao.htm, menciona-se o fato de que a seriação já está presente na vida da criança desde o período sensório-motor, quando  o bebê começa a brincar com torres e encaixes No mesmo site encontra-se a rica classificação disposta a seguir:
“A criança ao alinhar os objetos evidencia um processo de evolução da seriação, a saber:
 •FASE IA - não há nenhum ensaio de ordenação dos elementos (+ - 4 anos);
•FASE IB - inicia a realizar pequenas séries incoordenadas dos elementos (+ - 5 anos);
 •FASE II- êxito na intercalação dos elementos, por tentativas (+ - 6 anos);
•FASE III - êxito através da utilização do método sistemático- seriação operacional (+ - 7/8 anos).”
Já da classificação a criança começa a apropriar-se à medida que doina a fala, quando vai conhecendo os objetos, processo que não é simples. Minha filha de 2 anos chama tudo que tem quatro patas de “au au”. Após ver um passarinho, passou a chamar as aves de “piu piu”. Um dia, vendo um lagarto ela gritava “piu piu au au”. Risos. Mas ela soube clssificar e percebeu que aquele bicho não tinha semelhança com os outros e deveria por isso ter um nome diferente.
 Concordando com a idéia de Zoltan Paul Dienes, gosto de deixar as crianças manusearem e brincarem livremente com os brinquedos para somente depois inlcuir regras. Utilizar blocos lógicos sob regras sem deixar as crianças antes explorarem, brincarem e descobrirem estas peças, não seria  boa idéia.
Para concluir gostaria de registrar o interesse em conhecer o software "Fábrica Fantástica" e encerrar com uma citação extraída das Diretrizes da Educação Matemática das escolas públicas do Paraná "Embora ninguém tenha a obrigação de gostar de Matemática, nem de querer, todos têm o direito a uma educação matemática que lhes permita trabalhar em profissões que fazem uso intensivo de Matemática, assim como têm direito a uma educação matemática que lhes permita serem autores em sua vida  social, e não apenas atores ou espectadores.”
Atividades de classificação:
  1.    Jogo Boole. Adoro! É fantástico, divertido e desenvolve o pensamento lógico. Tem pra vários níveis e todas as faixas etárias.
2.    Juntar cores, formas iguais – Blocos lógicos. Não tem? Produzir de cartolina. Usar prendedor de roupa colorido. Viva a sucata!
3.    Elefante colorido – tocar em algo da cor citada como ferrolho para não ser pego
4.    Jogo da memória com pares iguais
5.    Jogo da memória com pares semelhantes
6.    Comparação de tipos físicos: agrupar por cor/ comprimento do cabelo, cor dos olhos, cor da pele, sexo
7.    Separar cartões com letras, figuras, números
Atividades de seriação
 1.    Ordenar blocos, objetos...em ordem crescente/ decrescente
2.    Organizar cartões segundo quantidades de imagens.
3.    Formar a fila segundo o tamanho dos alunos
4.    Ordenar canudinhos/ varas conforme tamanhos  
http://alegriadamatematica-pedagogia1.blogspot.com.br/2012/09/a-construcao-do-numero-operatorio.html
                                          

PROCESSO INICIAL DA CONSTRUÇÃO DO CONCEITO NUMÉRICO


As possibilidades de  Intervenções  que um professor deve fazer   para que uma criança que está inserida no processo inicial da construção do conceito de números é necessário entender que poderá fazer toda a diferença, se no futuro ela vai gostar ou não de matemática. Anteriormente o educador ensinava a criança contar até 10, depois até 50 e assim por diante , porem houve inovação em relação ao método de ensino, que são considerado a  capacidade  que a criança possui em construir o seu conhecimento, e o educador faz esta ponte ,ou seja é o facilitador e orientador nesse processo, fazendo com que ela  pensa, reflita e questione, onde antes o professor era apenas o transmissor desse conhecimento onde se relaciona a concepção de alguns teóricos pensadores como: Piaget, Vygotsk e Wallon que acreditava na forma de aprendizagem, e para Piaget: A criança já nasce com possibilidades herdadas e que se desenvolvem a partir das interações do meio...e a aprendizagem de conceito de número é uma síntese de dois tipos de relações que a criança elabora entre os objetos (por abstração reflexiva) uma e ordem e outra é a inclusão hierarquia. Na visão de Vygotsky: “O homem constitui-se como tal através de suas interações sociais, portanto, é visto como alguém que transforma e é transformado...”. e “... há possibilidade da passagem de uma capacidade potencial para uma capacidade real de aprendizagem”. Já Wallon; considera a criança como um ser social desde o nascimento, enfatiza a vinculação entre a afetividade e o movimento. Diante desses três grandes pensadores, chega-se a conclusão que o indivíduo tem possibilidades de se desenvolver sozinho, porém, se tiver uma orientação relacionada a afetividade por parte de seu orientador e do meio ao qual está inserido, esse processo se torna mais fácil, gratificante e prazeroso, não causando traumas no aprendizado.

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