Interpretação de enunciados de problemas
Objetivo
Interpretar os enunciados dos problemas.
Anos
2º e 3º anos
Flexibilização
Para alunos com deficiência intelectual
Alunos com deficiência intelectual podem
aprender a resolver problemas de adição e de subtração. Procure explorar
situações do cotidiano da criança e repita a atividade diversas vezes para
facilitar a compreensão. Antecipe as atividades para o aluno e amplie o tempo
de realização das etapas para que esta criança proponha uma solução e
compartilhe-a com os colegas. Proponha atividades que possam ser realizadas em
casa e conte, também, com a ajuda do AEE.
Desenvolvimento
Organize as crianças em duplas e apresente a
situação-problema: "Mamãe foi ao mercado e na sacola trouxe: 12 laranjas,
3 litros de leite, 1 pão de fôrma, 4 maçãs, 1 penca com 8 bananas e 2 caixas de
suco de uva. Quantas frutas ela comprou?" Solicite que um aluno explique
para o outro quais informações devem ser selecionadas para resolver a questão,
relatando qual caminho usou para resolvê-lo. As duplas terão de chegar a um
consenso sobre a estratégia escolhida. Solicite que algumas duplas apresentem
os procedimentos utilizados e justifiquem. Pergunte: quem pode ler o problema
novamente? Há alguma palavra nova ou desconhecida? Do que ele trata? Qual é a
pergunta? O que se quer saber? Retome a leitura do enunciado quantas vezes
forem necessárias e peça que grifem informações que serão utilizadas. Em
seguida, peça que façam os cálculos.
Avaliação
Valide os resultados e pergunte: por que as
repostas dos cálculos foram diferentes? O que precisamos fazer para resolver
problemas parecidos como esse? As conclusões devem ser registradas no quadro,
como quais informações selecionar e quais não são necessárias. Intervenha caso
as respostas fujam do esperado.
http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/interpretacao-enunciados-problemas-629256.shtml
Diagnóstico inicial de procedimentos de
cálculo e interpretação de enunciados
para 1 Resolução de problemas (Adição e
Subtração ,2,3 ano)
Os alunos têm como tarefa solucionar problemas
do campo aditivo. Para resolver cada questão, eles podem utilizar diferentes
estratégias. Algumas variáveis (como o tipo de problema, a localização da
incógnita, a grandeza numérica e a maneira como as informações aparecem no
enunciado) interferem na complexidade dos problemas e você precisa
considerá-las ao planejar a atividade. Na hora de fazer essa seleção, leve em
conta a experiência dos alunos com a resolução de problemas e os conhecimentos
matemáticos que eles apresentam. Se você tem uma turma de 1º ano e, por isso,
pouco acostumada a esse tipo de atividade, dê questões com números mais
simples.
Encaminhamento
Explique para a turma que cada aluno deve
resolver problemas matemáticos. O ideal é que não sejam mais do que quatro
(todos juntos ou em diferentes dias). Oriente-os a resolver as questões da
forma como acharem melhor. É importante que eles anotem tudo, ao longo do
processo, para poder demonstrar a forma de resolver cada problema (pois você
precisa conhecer o que cada um sabe para poder ajudar a turma toda a avançar).
Diga que é possível fazer desenhos, contagens, cálculo mental, conta armada etc.
Entregue uma folha que tenha espaço suficiente
para resolver o problema (e que ninguém deve se preocupar com o tamanho da
resposta). Ressalte que essa é uma atividade individual e, por isso, não é
possível olhar para ver como o colega faz nem falar a resposta em voz alta. Se
você vir algum aluno copiando, não o repreenda - apenas anote quem foi e dê
outros problemas para que ele resolva sozinho na próxima aula. Circule pela
sala e verifique se todos entenderam a questão. Se alguém está perdido, explique
o problema novamente, tantas vezes quantas forem necessárias. Recolha as
folhas. Caso alguma criança entregue a folha só com o resultado, ou com uma
anotação que não possibilite que você entenda como ela chegou à solução, peça
que ela explique como calculou e anote as explicações no verso da folha.
Para medir o conhecimento da turma vamos usar
como exemplo os quatro problemas a seguir.
1. Pedro tinha 15 figurinhas em seu álbum.
Ganhou algumas e agora tem 33. Quantas figurinhas Pedro ganhou?
Esse é um problema que envolve uma
transformação positiva, pois foi dada a quantidade inicial (15 figurinhas), que
sofre uma transformação e se torna uma quantidade maior. Os números envolvidos
permitem o cálculo do dobro mais três, o que pode facilitar a resolução.
2. Estão em um lago 35 peixes de cores amarela
e vermelha. Se 17 são amarelos, quantos são os peixes vermelhos?
Esse é um problema que envolve uma composição,
uma vez que se sabe a quantidade total de peixes e se conhece uma das partes
(os amarelos). A grandeza numérica até possibilita resolver o problema por
contagem. Além disso, a quantidade final é o dobro mais 1 da parte de peixes
conhecida, mas isso não é óbvio para os pequenos.
3. Marcos começou o jogo com 31 bolinhas de
gude. Na primeira partida, ganhou 19. E, ao terminar a segunda partida, estava
com 40 bolinhas. O que aconteceu na segunda partida? Ele perdeu ou ganhou?
Quantas bolinhas?
Esse é um problema que envolve uma
transformação composta (duas transformações ocorrem, uma positiva e outra
negativa), o que torna o problema complexo. Por isso, ele pode não ser adequado
para as séries iniciais. A quantidade inicial é conhecida (31 bolinhas) e
sabe-se que ocorreu uma transformação positiva na primeira partida (Marcos
ganhou 19 bolinhas), mas a transformação negativa da segunda não está tão
explícita.
4. Paulo tem 36 figurinhas e Mariana tem 54.
Quantas figurinhas Mariana tem a mais do que Paulo?
Esse é um problema que envolve uma comparação
de quantidades. As duas quantidades são estáticas - devem apenas ser comparadas
(um caminho, como já foi explicado ao lado, é subtrair 36 de 54). A distância
entre um número e outro não é tão pequena, o que dificulta a contagem nos
dedos. A maneira como a informação é apresentada também é uma variável que
precisa ser considerada. O tratamento da informação nesse caso é igualmente
importante. Se o problema fosse: "Paulo tem 36 balas e Mariana tem 18
balas a mais que ele. Quantas balas tem Mariana?", a complexidade, nesse
caso, seria muito menor.
Exemplos de resposta:
36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46,
47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54
Mariana tem mais 19 figurinhas. - O aluno erra
o resultado, mas acerta na ideia. Ele conta 1 por 1 e chega a 19, pois conta o
36 também.
36
+ 54
90
Mariana tem 90 - Já esse aluno, embora acerte
o resultado da conta, não entendeu o problema proposto, pois escolheu uma
estratégia de cálculo que leva a uma solução que vai na direção oposta ao que é
pedido.
O que eles podem pensar
A intenção nessa atividade é descobrir se o
aluno consegue compreender a ideia envolvida nos problemas. Ela também é uma
oportunidade de colher dados sobre os procedimentos utilizados por cada um. O
ideal é que você tente antecipar estratégias que eles possam usar em cada
problema - isso dará mais segurança e subsídios para analisar as produções. No
problema 4, os possíveis procedimentos utilizados pela turma na busca pelas
respostas são:
Subtrair um número do outro (54 - 36), a
chamada solução canônica. Tradicionalmente, os alunos menores não costumam
relacionar a subtração a esse problema, já que o enunciado do problema não
menciona a diminuição de qualquer quantidade.
Contar para trás, do 54 ao 36, controlando -
com os dedos, com tracinhos no papel ou outras estratégias - a quantidade de
números ditados na busca pelo resultado.
Calcular quantos números há de 36 para 54.
Desenhar os conjuntos de números (ou o mais
numeroso) e compará-los para chegar ao resultado.
Somar os dados apresentados no enunciado, o
que mostra que o aluno não entendeu o problema.
Por não entender o que foi pedido, não
realiza nada ou faz apenas uma tentativa frustrada.
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